Náutico na Série B: como joga taticamente o Criciúma

Por: Mateus Schuler

Morto, vivo. Para seguir de pé e não ficar distraído na luta contra a degola, o Náutico visita o Criciúma pela Série B do Campeonato Brasileiro. Confronto do Timbu contra o Tigre será disputado nesta sexta-feira (6), no Heriberto Hülse, às 19h e é válido pela 34ª rodada da Segundona.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Carvoeiro.

O TIME

Os catarinenses chegam praticamente com força máxima para enfrentar os alvirrubros. Após ser derrotado pelo Vila Nova fora de casa, o Tricolor tem um único desfalque: o volante Marcos Serrato recebeu o terceiro amarelo e terá de cumprir suspensão automática. Em seu lugar, Léo Costa é esperado para substituí-lo no 4-2-3-1, mesmo sem ter sido testado no decorrer do jogo.

Provável escalação do Tigrão contra os pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Eficiente. Com 34 gols marcados e o sexto melhor ataque, o Criciúma é uma das equipes que demonstra pouca força dentro de seus domínios, figurando no meio da tabela como mandante; do total de vezes que balançou as redes nesta Segundona, 19 foram em casa. Apesar de ter finalizado por 460 vezes e ser o terceiro time que mais chutou, o aproveitamento é de 30,43%, segundo pior no quesito, ficando à frente apenas do Sport.

Início da construção ofensiva do Carvoeiro (Imagem: Premiere)

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As jogadas ofensivas do time de Tencati são geradas ainda na defesa, com a formação de uma saída em 4+1, tendo o primeiro volante dando suporte aos defensores. Quando têm a bola, os jogadores da equipe catarinense formam um 4-3-3 que tem alternância frequente ao próprio 4-2-3-1 de base, variado conforme o posicionamento da trinca de frente.

Meio-campistas ainda podem ser apoiados por um dos laterais na criação (Imagem: Premiere)

“Desde a saída do Marquinhos Gabriel, a equipe joga de forma mais coletiva, sem dependência na criação. As jogadas fluem principalmente pelo lado esquerdo, com força e explosão. No ataque, tem muita coletividade e lances mais trabalhados por parte das peças”

Mateus Mastella, repórter no Tabelando

COMO DEFENDE

Se ofensivamente os números são positivos, defensivamente vão na mesma toada. Foram 27 gols sofridos até o momento, que fazem o Tigre ter a quinta melhor defesa da Série B, principalmente quando atua em casa, já que teve sua meta vazada por apenas oito vezes: menos de um terço do total; além disso, os adversários acertaram 131 de 401 finalizações, representando 32,67%.

Compactação dos catarinenses formando duas linhas de 4 (Imagem: Premiere)

A postura mais comum dos tricolores, ao ficarem sem a bola, é formarem um 4-4-2 com flertes ao 4-1-4-1, que busca ter o meio povoado e compactação em seu campo. Outra opção, caso queiram fechar mais espaços para evitar infiltração adversária, é se postar no 5-4-1 de blocos baixos, neutralizando as entrelinhas.

Linha de 5 pode neutralizar mais jogadas (Imagem: Premiere)

“Na defesa, há mais consistência e solidez. Mais grupo do que individual. A tendência era que esse coletivo pudesse cair com a saída de Marquinhos Gabriel, já que a base tática girava em torno dele, mas não foi. O time conseguiu emendar sua melhor sequência”

Mateus Mastella, repórter no Tabelando

PARA FICAR DE OLHO

Rodrigo (ZAG) – Experiente. Aos 35 anos, o zagueiro vem se destacando na Segundona, principalmente nos cortes. Até o momento, foram 115, figurando no top-10 do critério, assim como deu 45 interceptações e 22 desarmes. Com a experiência, tem demonstrado bom posicionamento e força na bola aérea, sendo um dos melhores da posição.

Thiago Alagoano (MEI) – Criador. Responsável pela armação de jogadas do Tigre, o meia se movimenta com muita frequência, mesmo centralizado em maior minutagem. Foram seis grandes chances criadas, além de 36 passes decisivos e uma assistência direta, sendo responsável ainda por fazer a bola parada; marcou também dois gols.

Hygor (PD) – Artilheiro. Com a saída de Marquinhos Gabriel para o Goiás, o ponta direita foi quem assumiu a artilharia da equipe, mesmo dividindo os mesmos seis gols junto ao ex-companheiro de time. E o aproveitamento nas finalizações é até positivo, pois tentou apenas 30 chutes na competição: 20% de acerto.

Créditos da foto principal: Celso da Luz/Criciúma E.C.

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