Sport na Série B: como joga taticamente o Cruzeiro

Por: Mateus Schuler

Soberania versus malandragem. Ainda sonhando com acesso, o Sport recebe o já campeão Cruzeiro para manter a invencibilidade dentro da Ilha do Retiro na Série B do Campeonato Brasileiro e próximo ao G-4. Partida do Leão contra a Raposa será neste domingo (9), às 16h, pela 34ª rodada e tem promessa de casa cheia.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos Celestes.

O TIME

Para o duelo com os leoninos, o técnico Paulo Pezzolano ainda não tem os 11 iniciais definidos antecipadamente. Única certeza é que não terá a presença do volante Machado, suspenso por expulsão, e tendo Pedro Castro como seu substituto, enquanto o zagueiro Eduardo Brock retorna à equipe substituindo Jajá. Luvannor, Bidu e Zé Ivaldo deverão ser poupados, fazendo Marquinhos Cipriano e Kaike disputarem a ala esquerda no 3-5-2.

Provável formação inicial dos mineiros diante dos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Calibrado. Melhor ataque da Série B com 49 gols, tendo média muito superior a um por jogo, o Cruzeiro vem sendo bastante objetivo quando tem a posse. É o time que mais chuta certo nas metas adversárias, sendo 166 finalizações no alvo, e lidera ainda o número total de chutes, com 506, acertando 32,81% destes.

Início de transição sustentada dos cruzeirenses (Imagem: Brasileirão Play)

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A postura varia conforme o sistema tático inicial, pois a base mais usada foi com três zagueiros, o que faz a saída ser em 3+2 ou 4+2 quando tem linha de 4. Do meio para frente, a Raposa pode formar um 3-4-3, deixando os laterais como alas ou o 4-2-3-1 de constantes apoios pelos lados, porém fazendo os extremos darem amplitude nas jogadas velozes.

Laterais auxiliam na criação de jogadas (Imagem: SporTV/Premiere)

“O Cruzeiro tem a intensidade como principal marca. A equipe ataca com velocidade e movimentação intensa em todos os setores do campo, dando liberdade aos alas para o ataque. O grande número de opções deixou o treinador celeste muito à vontade para alternar jogadores sem interferir na atuação”

Vinícius Silveira, repórter na Rede 98

COMO DEFENDE

Como uma rocha. O título da Segundona e acesso antecipados não vieram por acaso. Dona da melhor defesa, a Raposa consegue mostrar solidez sem a bola, sofrendo apenas 18 gols, quatro a menos que o Grêmio, vice-líder no quesito. Tamanha eficiência se deve ao bom trabalho de Paulo Pezzolano, já que as alternâncias fecham bem os espaços.

Mineiros podem formar linha de 5 para neutralizar infiltrações (Imagem: Brasileirão Play)

Quando usam um sistema tático formado por três zagueiros, o mais comum é a formação de uma linha inicial de 5, que varia entre 5-4-1 e 5-3-2 durante a fase defensiva. A alternativa é performar no 4-5-1, tentando fazer com que o meio-campo fique povoado e, dessa maneira, aumente a compactação, o que deixa os blocos médios.

Compactação celeste com meio-campo povoado (Imagem: SporTV/Premiere)

“O time celeste defende muito bem e, na maioria das partidas, jogou com três zagueiros, tendo um modelo de jogo que gerou segurança ao setor. A intensidade nunca mudou de um jogo para o outro, seja jogando com linha de 4 na defesa ou com a manutenção dos três zagueiros”

Vinícius Silveira, repórter na Rede 98

PARA FICAR DE OLHO

Oliveira (ZAG) – Sustentação. Se a retaguarda cruzeirense tem segurança, o principal responsável é o ex-zagueiro do Atlético-GO. Maior pilar do sistema defensivo, o defensor lidera o time em dois importantes critérios: cortes (89) e interceptações (65); além disso, ajuda na transição ofensiva, dando duas assistências.

Bruno Rodrigues (PE/ATA) – Velocista. Com passagem destacada na Ponte Preta, vem mantendo o bom futebol defendendo a Raposa, principalmente ao trabalhar pelos lados do campo. Rápido, abre espaços, dá assistências e ainda marca gols importantes, servindo os companheiros pelas mesmas três vezes que balançou as redes.

Edu (CA) – Goleador. Ponto-chave da equipe, é finalizador nato, contudo se movimenta constantemente como centroavante e possui velocidade para romper a zaga adversária. Com 59 finalizações na competição, divide junto a Luvannor a marca de maior finalizador do Cruzeiro, mas marcou 11 gols e é o quarto artilheiro da Série B.

Créditos da foto principal: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

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