Por: Mateus Schuler
Se ficar o bicho come. Para não virar comida de tubarão, o Sport visita o Londrina ainda sonhando com o acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Leão vai a campo frente aos paranaenses no Estádio do Café, às 16h30 deste sábado (22), em partida válida pela 36ª rodada da Segundona.
Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do LEC.
O TIME
Para o jogo diante dos leoninos, Adilson Batista tem apenas uma ausência já certa: o lateral-esquerdo Alan Ruschel, que cumprirá suspensão pelo terceiro amarelo. Em seu lugar, Felipe Vieira foi o escolhido, enquanto uma dúvida faz a escalação ser definida somente momentos antes da bola rolar: Mossoró e Gabriel Santos disputam a vaga no ataque.

COMO ATACA
Pouco letal. Ainda que tivesse brigado por acesso recentemente, o Londrina não tem bom desempenho quando ataca, pois marcou 33 gols, tendo média inferior a um por partida. O baixo rendimento também é evidente nos chutes a gol, já que é o quarto que menos finalizou no total — 393 finalizações — e no alvo, sendo 126 acertos.

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O início da construção ofensiva se dá numa saída 4+2, apesar de ter tripé de meio-campistas na escalação inicial, com os volantes auxiliando a linha dos defensores. Do meio em diante, a tendência é que mantenham a tática-base e aposta na troca de passes e velocidade pelos lados, utilizando pontas e/ou laterais.

“O time jogou o campeonato todo com a mesma base tática e, além disso, no mesmo modelo, utilizando dois pontas e um centroavante. É também uma equipe de transição rápida que usa frequentemente as beiradas, pois os dois laterais apoiam bastante”
Lúcio Flávio, repórter na Rádio Paiquerê
COMO DEFENDE
Estável. Se o ataque não corresponde, o sistema defensivo do Tubarão é seu principal ponto. Com apenas 32 gols sofridos, possui a sexta melhor defesa e muito da solidez se deve ao modelo de jogo usado por Adilson Batista. Não é por acaso, inclusive, que o time é ainda o que menos tem finalizações contra sua meta: 373 no total.

Sem muita compactação, o que faz os adversários acertarem 37,27% dos chutes, os paranaenses têm o segundo pior aproveitamento total, acima apenas do Novorizontino. O mais comum é a formação de um 4-4-2, de blocos médio/altos, quando atuam como mandante, tentando recuperar a posse de imediato, podendo variar à tática-base se preciso.

“Quando joga em casa, o time costuma adiantar a marcação e formar duas linhas de 4, buscando ter a recuperação mais rápida da posse. Além de dois volantes que protegem bem os espaços, é uma equipe que os laterais recompõem e evitam a infiltração”
Lúcio Flávio, repórter na Rádio Paiquerê
PARA FICAR DE OLHO
Vilar (ZAG) – Segurança. Se o sistema defensivo tem bom desempenho, é o zagueiro que mais se destaca. Um dos líderes da Segundona em cortes, com 139 no total, consegue ser seguro e pouco comete faltas, tendo média de 0,7 por partida, além de 28 desarmes e 39 interceptações; recebeu somente um cartão amarelo até o momento.
Caprini (PD) – Garçom. Principal passador do time nesta Série B, servindo por cinco oportunidades, é quem faz a bola rodar no ataque, mesmo sem ser um armador de origem. Mostrando velocidade com a posse e driblando quando preciso, criou seis grandes chances, dando ainda 47 passes decisivos; já deu 81 finalizações, o quarto da competição no quesito, e balançou as redes três vezes.
Douglas Coutinho (CA) – Goleador. Mesmo se movimentando bastante, é o jogador que geralmente cai como centroavante, buscando sempre confundir a marcação adversária. Vice-líder do Tubarão em chute a gol, finalizando 54 oportunidades, marcou sete gols e deu três assistências, fazendo pivôs para os companheiros.
Créditos da foto principal: Sheyla Dantas/Londrina EC