Náutico na Série B: como joga taticamente a Chapecoense

Por: Mateus Schuler

Estafado. Tentando ao menos deixar a lanterna, o Náutico busca última meta na Série B do Campeonato Brasileiro por apenas cumprir tabela. O Timbu reencontra o técnico Gilmar dal Pozzo ao enfrentar a Chapecoense na Arena Condá, pelo encerramento da 37ª rodada da Segundona, às 19h deste sábado (29).

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Verdão do Oeste.

O TIME

Os alviverdes chegam com praticamente o que possuem de melhor para o jogo diante do Timba. O técnico Gilmar Dal Pozzo não possui nenhuma baixa da vitória sobre o Tombense, nem ganha nenhum retorno, o que o faz manter o 4-3-3. A Chape ainda disputa contra o rebaixamento e ter a força máxima é um dos pontos fortes.

Provável escalação dos catarinenses frente aos pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

No limite. Com 36 gols e média de um por jogo, a Chapecoense possui o segundo melhor ataque da segunda metade da tabela, atrás apenas do Novorizontino. Foram nove jogos desde a volta de Dal Pozzo, deixando de balançar as redes em apenas um; Verdão detém ainda o quinto pior aproveitamento das finalizações, acertando 31,4% dos chutes.

Laterais participam da criação com manutenção da base tática (Imagem: SporTV/Premiere)

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Quando está com a bola, a Chape costuma se postar no seu 4-3-3 de base, mas deixando apenas um dos volantes mais fixos. Além disso, os laterais são bastante participativos das jogadas, indo para finalizar ou criar. Outra opção, para dar maior poder ofensivo, é formar um 4-2-4, preenchendo o campo adversário.

Chape pode ter linha de 4 para ter maior ofensividade (Imagem: SporTV/Premiere)

“O time aposta muito no apoio pelos lados, já que Maílton e Fernando são bem agudos. O meio-campo tem dois jogadores que fazem transição e criação, explorando a velocidade como ponto forte para quebrar as linhas do adversário”

Rodrigo Goulart, repórter na Rádio Chapecó

COMO DEFENDE

Inoperante. Com 38 gols sofridos, o time alviverde tem a sexta defesa mais vazada da Segundona, expondo as fragilidades. A inconsistência se manteve também após a chegada do novo treinador, pois tiveram 12 tentos contra sua meta. Por outro lado, foram 138 finalizações certas na direção da barra, equivalentes a 31,08%, ambos deixando o Verdão em quinto lugar de maneira positiva.

Verdão povoa meio-campo para impedir troca de passes (Imagem: SporTV/Premiere)

A postura defensiva é destacada pela forte marcação, mesmo mostrando os problemas pontuais. O desenho mais frequente é o 4-5-1, povoando o meio e a entrelinha para poder impedir a criação adversária. Uma alternativa, ainda que pouco usual em campo, é formar duas linhas de 4 e manter o máximo de compactação, fazendo o adversário ficar sem espaços.

Compactação defensiva dos alviverdes em duas linhas de 4 (Imagem: SporTV/Premiere)

“A tendência é que a Chape faça uma marcação pressão, subindo as linhas e blocos para não dar sossego ao Náutico. A dupla de zaga é bem móvel e isso ajuda a ter maior dinâmica sem a bola, tentando deixar o máximo de compactação com os volantes”

Rodrigo Goulart, repórter na Rádio Chapecó

PARA FICAR DE OLHO

Fernando (LE) – Sustentação. Principal jogador da Chapecoense na temporada, seja em fase defensiva ou ofensiva, o lateral-esquerdo já chamou a atenção de outros clubes. Defensivamente, se destaca nas interceptações, sendo o terceiro da competição com 65; defensor tem ainda 46 desarmes e 58 cortes. Lateral acumula ainda três assistências e 38 passes decisivos, liderando a equipe.

Thomás (MEI) – Pensador. Contratado no meio do ano, mas com apenas 13 jogos, o jogador é o responsável pela bola parada, principalmente escanteios. Com a camisa da Chape, balançou as redes por duas oportunidades e serviu seus companheiros em outras duas, além de criar 16 passes decisivos.

Perotti (ATA) – Homem-gol. Atuando na referência, é o artilheiro do Verdão nesta Segundona, já que balançou as redes por seis vezes até o momento. Demonstrando boa movimentação na pequena área pela mobilidade, deu duas assistências, além de ter 52 finalizações, segunda melhor marca do time.

Créditos da foto principal: Tiago Meneghini/ACF

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