Por: Mateus Schuler
Filme de terror. O Náutico segue afundado na lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro após sofrer nova derrota. Neste sábado (29), na Arena Condá, o Timbu foi superado pela Chapecoense por 1 x 0 em jogo da 37ª rodada; gol marcado por Willian Popp, de pênalti, ainda durante a etapa inicial.
Para o duelo contra o Verdão, Dado Cavalcanti promoveu duas modificações depois da derrota sofrida frente ao Grêmio, sendo ambas forçadas. As baixas de Júlio, suspenso, e Geuvânio, expulso e que se desligou do clube, o técnico promoveu as entradas de Pedro Vitor e Lucas Paraíba, respectivamente, que fez o time se postar num 3-5-2.

COMO FOI
Cauteloso. O Náutico, mesmo sem objetivos concretos na competição, teve o começo mais retraído, mas buscando surpreender para tentar não fazer sua pior campanha da história na Série B. E foi jogando com postura reativa que a Chapecoense não conseguiu demonstrar poder criativo e esbarrar na forte marcação.
Por conta da cautela, o Timbu formou um 5-2-3, fechando os espaços com o intuito de evitar infiltrações e passes entrelinhas. Ainda assim, Marcelo Freitas recebeu na entrada da área e mandou para fora, perdendo boa chance. Em sequência, após levantamento na pequena área, Arthur Henrique derrubou Perotti puxando pela camisa: Willian Popp bateu seguro e abriu o placar.

Apresentando maior posse mesmo sem mostrar objetividade, o Timba falhou dentro das quatro linhas e pouco chegou ao setor ofensivo. Perdido quando teve a bola, não criou bons momentos, sem sequer levar perigo em direção à meta dos catarinenses, que até deram brechas para a criação das jogadas alvirrubras.
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Mantendo o 3-5-2 de base em fase ofensiva, os pernambucanos chegaram a equilibrar a partida, porém voltaram a sofrer perigo no último lance antes do intervalo. Numa troca de passes rápidos e curtos, a bola sobrou na direita para Thomás, que concluiu na saída de Bruno Lopes tentando achar Perotti, contudo Anilson afastou em cima da linha.

Para a etapa final, Dado Cavalcanti promoveu uma mudança, buscando ter o mínimo de estabilidade defensiva e na criação. Arthur Henrique, que gerou o gol da Chape, saiu para a entrada de Jobson, sem mudar tanto o desenho da equipe apesar de maior ofensividade. E foi assim que o Náutico ficou bem próximo do empate: Everton cruzou pela direita e Lucas Paraíba, sozinho, erra ao tentar cabecear, perdendo boa chance.
Formando um 4-2-3-1, o Timbu se manteve presente ao setor ofensivo, mas o poder criativo foi praticamente nulo, sem objetividade. Dessa maneira, Ralph e Lucas Paraíba acabaram sacados para entradas de Mateus Cocão e Júlio Vitor, respectivamente, sem mexer mais uma vez na estrutura tática do time pernambucano.

Sólida defensivamente, ainda que expusesse algumas fragilidades, a equipe da Rosa e Silva passou a tentar encontrar espaços na defesa da Chape, que não mostrou criatividade. Assim, o Timba teve a oportunidade de aproximar do empate novamente: Jobson lançou em profundidade para João Lucas e o lateral-esquerdo saiu de frente para Saulo tentando encobrir, mas parou no goleiro, mandando na sequência para fora.
Postado em duas linhas de 4 blocos médio/altos, os alvirrubros pressionaram e acabaram sendo derrotados ao desperdiçaram a última chance. Júlio Vitor recebeu de Victor Ferraz na entrada da área e finalizou de primeira, contudo rente à trave esquerda. No fim, Djavan e Victor Ferraz ainda foram sacados e tiveram Franco e Thássio em seus lugares, entretanto sem sucesso.

Créditos da foto principal: Tiago Meneghini/Chapecoense