Náutico na Série B: como joga taticamente a Ponte Preta

Por: Mateus Schuler

Cada macaco no seu galho. Sem deixar a lanterna, o Náutico encerra participação na atual edição da Série B do Campeonato Brasileiro em jogo antecipado da 38ª e última rodada diante da Ponte Preta nesta sexta-feira (4). Jogo do Timbu contra a Macaca será realizado nos Aflitos, às 21h30, apenas para ambos cumprirem tabela.

Separamos tudo sobre o adversário alvirrubro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais dos pontepretanos.

O TIME

Os alvinegros chegam, para o reencontro de Hélio dos Anjos diante do Timba, com cinco retornos. Mateus Silva, Norberto, Artur, Léo Naldi e Echaporã voltam de suspensão e ficam à disposição do comandante, que deverá escalar uma equipe composta por jogadores pouco utilizados e aproveitados ao longo da Segundona, mas mantendo o 4-3-3.

Provável formção dos paulistas contra os pernambucanos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Mal das pernas. Com 33 gols e média inferior a um por jogo, a Ponte Preta é o sexto pior ataque da Segundona, mesmo que mostre constante presença ao atacar. Muito do número ruim se deve ao baixo aproveitamento dos chutes a gol, pois finalizaram certo 135 vezes — quarto índice mais negativo — dos 440 no total, acertando 30,68%.

Manutenção da base tática com apoio pelos lados (Imagem: SporTV/Premiere)

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Ao ter a bola, a Macaca se posta frequentemente no seu 4-3-3 de base com apoio pelos lados, alternando a presença dos laterais durante a criação das jogadas. Outra possibilidade é se postar num 4-2-3-1, o que faz o meia mais armador atuar junto aos extremos e isolar o centroavante, porém fazendo os volantes ajudarem na armação.

Maior distribuição dos meio-campistas (Imagem: SporTV/Premiere)

“O time aposta, mais uma vez, na sua força de marcação com a manutenção de Amaral, Léo Naldi e Wallisson. Desta vez, no entanto, não terá a presença do meia Elvis, que é quem faz a articulação das jogadas do meio para o ataque”

Elcio Paiola, repórter no Futebol Interior

COMO DEFENDE

Meio termo. Com 36 gols sofridos, o time alvinegro tem a sétima defesa mais vazada da Série B, expondo as fragilidades em meio à estabilidade na média por partida. Foram 142 finalizações certas contra sua meta de 425 no total, o que dá 33,41% de aproveitamento, fazendo a equipe figurar entre as piores do campeonato no quesito.

Marcação mais adiantada para tentar recuperar a posse (Imagem: SporTV/Premiere)

O mais comum é os pontepretanos povoarem o meio-campo e adiantarem as linhas de marcação, formando um 4-5-1 de blocos médio/altos tentando recuperar a posse. Outra alternativa, mas mantendo uma postura adiantada, é performar duas linhas de 4, deixando assim meia armador e centroavante à frente.

Compactação defensiva dos alvinegros em duas linhas de 4 (Imagem: SporTV/Premiere)

“Sem Élvis, a equipe ficará muita dependente da boa atuação de Fessin, pois ele precisará que se desdobrar para girar entre meio-campo e ataque. Dessa maneira, o sistema defensivo, o principal problema, continua preocupando por conta da sua instabilidade”

Elcio Paiola, repórter no Futebol Interior

PARA FICAR DE OLHO

Fábio Sanches (ZAG) – Sustentação. Mostrando força no sistema defensivo, o defensor é um dos principais jogadores do campeonato dentre os que são de mesma posição. Com 107 cortes, lidera a equipe no quesito, tal como nas interceptações, ao acumular 59 e figurar no top-10; zagueiro soma ainda 23 desarmes.

Léo Naldi (MC) – Pensador. Cria da base pontepretana, Naldi é quem fica na responsabilidade de fazer a transição da defesa para o ataque com a baixa de Élvis, poupado. Ainda assim, já conseguiu dar 28 passes decisivos, assim como também deu quatro assistências, acumulando também 59 desarmes e sendo importante sem a bola.

Lucca (ATA) – Goleador. Atuando na referência, é o artilheiro da Macaca na Segundona, balançando as redes por 15 oportunidades até o momento. Seu histórico positivo e a boa movimentação na pequena área pela mobilidade o fazem ser o maior finalizador da Ponte, acumulando 61 finalizações, a melhor marca do time.

Créditos da foto principal: Diego Almeida/Ponte Press

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