Sport na Série B: como joga taticamente o Vila Nova

Por: Mateus Schuler

Acreditar em milagres. Precisando reverter uma situação improvável pelo acesso, o Sport fecha a Série B do Campeonato Brasileiro diante do Vila Nova, em Goiânia, assim como 11 anos atrás. Confronto do Leão com o Tigre será neste domingo (6), no OBA, às 18h30, na 38ª rodada da Segundona.

Separamos tudo sobre o adversário rubro-negro: principais posicionamentos táticos, estilo de jogo, números, informações exclusivas de um setorista, jogadores para ficar de olho, e muito mais do Colorado.

O TIME

Para o jogo diante dos leoninos, os alvirrubros entrarão modificados, inclusive na área técnica. Allan Aal cumpre suspensão do STJD por confusão, já Rafael Donato é ausência após sofrer entorse no tornozelo. No meio-campo, Sousa se recuperou de lesão e pode ganhar a vaga de Ralf, pois a equipe disputará a semifinal da Copa Verde contra o Brasiliense; Wagner disputa espaço com Matheuzinho no 4-3-3.

Provável formação inicial dos goianos (Feito no Tactical Pad)

COMO ATACA

Ineficiente. Ainda que não tenha sido rebaixado, o ataque do Vila Nova teve o desempenho de um membro do Z-4. Foram apenas 28 gols feitos, o terceiro pior da Segundona, à frente somente de CSA (27) e Brusque (21). Esse índice baixo de aproveitamento é evidenciado nas finalizações, pois acertou 150 de 450 chutes, o que representa exatamente um terço.

Laterais e volantes ajudam na transição ofensiva (Imagem: SporTV/Premiere)

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Buscando construir as jogadas desde o campo de defesa e saindo num jogo apoiado, o Tigre forma uma saída 4+2 com os volantes ajudando a dar mais sustentação. Do meio para frente, há uma constante variação entre o 4-3-3 de base e o 4-2-3-1, já que os jogadores das beiradas podem tanto auxiliar o centroavante, como o meia armador.

Extremos colaboram com o centroavante no setor ofensivo (Imagem: SporTV/Premiere)

“O Vila é um time que gosta de atacar em velocidade, mesmo que seja mais reativo que propositivo, inclusive quando atua como mandante. Dessa maneira, a equipe passou por muitas dificuldades para conseguir criar as jogadas no setor ofensivo e se infiltrar na defesa adversária”

Paulo Massad, repórter na Rádio Band News

COMO DEFENDE

Solução. Se o ataque não corresponde, a defesa é o ponto forte do Colorado. Com apenas 31 gols sofridos, tendo média inferior a um por jogo, o Tigre tem a quarta melhor defesa da Segundona, dividindo sua marca positiva ao lado do próprio Sport e do Criciúma. Pouco agredido, o Vila sofreu 424 finalizações no total, sendo também o quarto no quesito; Grêmio, Cruzeiro e Londrina são os que menos tiveram chutes contra sua meta.

Meio povoado impede troca de passes adversária (Imagem: SporTV/Premiere)

Os números ruins são evidenciados nos problemas de compactação, mesmo que Matheus Costa tenha feito alguns ajustes enquanto esteve no comando. A tendência é que os paranaenses formem um 4-5-1 ao ficarem sem a posse e povoando o meio, tentando impedir as infiltrações. Outra opção é se postar num 4-4-2 e mantendo blocos médios, adiantando as linhas de marcação.

Compactação defensiva dos goianos bloqueia máximo de espaços (Imagem: SporTV/Premiere)

“Com forte entrosamento no setor, o Vila conseguiu segurança e boa postura para controlar os adversários. A bola parada é o principal ponto de solidez, assim como a forte marcação deu a sustentação”

Paulo Massad, repórter na Rádio Band News

PARA FICAR DE OLHO

Willian Formiga (LE) – Segurança. Se o setor defensivo vai bem, o lateral é um dos que se sobressai. Líder da equipe na Segundona em desarmes, com 80, o lateral é ainda o terceiro nas interceptações e vice-líder nos cortes, somando 43 e 78, respectivamente. O jogador é conhecido também pela calma, já que cometeu apenas 1,3 faltas por partida e recebeu dois cartões amarelos, além de nenhum vermelho.

Arthur Rezende (MEI) – Criador. Atuando no setor de armação do Colorado, o meia é um dos que mais criou grandes chances no campeonato, com oito, e o que possui maior número de passes decisivos na equipe: 54. Deu também duas assistências e é quem mais finalizou pelo Tigre, tentando 52 vezes ante os adversários.

Neto Pessoa (CA) – Artilheiro. Contratado com a Série B rolando, em julho, o centroavante é um dos principais símbolos do crescimento do Vila Nova na competição. Praticamente dado como rebaixado ao fim do primeiro turno, o Tigrão evitou a queda com antecedência graças aos seis gols marcados por Neto, que chutou apenas 25 oportunidades, tendo 24% de aproveitamento.

Créditos da foto principal: Fernando Brito/Vila Nova FC

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