Após perder em casa para o Manaus, o Santa Cruz tem a missão de retomar o caminho das vitorias e chegar bem na próxima fase da Série C. Já garantido na liderança isolada do Grupo A, o Tricolor encara o Jacuipense, em Pituaçu, nesta segunda-feira (30), às 20h, em partida válida pela 17ª rodada.
Separamos para a torcida do Mais Querido tudo sobre o próximo adversário: provável formação tática, números, pontos fortes e fracos, jogadores para ficar de olho, e muito mais.
Para o confronto com o Santa , o técnico Jonilson Veloso terá dois desfalques: o volante Railan, que vem sendo improvisado na lateral direita, e o atacante Wesley Popó. Ambos vão cumprir suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. A tática mais utilizada pelos baianos é o 4-3-2-1.
Provável formação tática da Jacupa (Feito no Tactical Pad)
COMO ATACA
O Jacuipense é uma equipe que tem como pontos fortes a movimentação, a ofensividade e a velocidade dos jogadores de beirada, formando uma espécie de 4-3-3 no ataque.
Equipe grená no em investida ofensiva (Imagem: MyCujoo)
Em números, entretanto, o time baiano marcou apenas 18 gols nesta edição da Série C do Brasileiro, sendo vazado 20 vezes e acumulando um saldo negativo de dois.
COMO DEFENDE
Defensivamente, deixa espaços em setores do campo com uma reposição desordenada. Diante do Treze, o goleiro Andrey bateu rapidamente o tiro de meta e fez um lindo lançamento para meia Claúdio Murici, que ganhou na velocidade do marcador e sofreu o pênalti.
Leão da Sisal no ataque (Imagens: MyCujoo)
Quando é atacado, o Jacupa costuma utilizar três jogadores dentro da grande área e quatro jogadores na sobra, na tentativa de fechar brechas e frear o ímpeto do adversário.
PRA FICAR DE OLHO
Dinei ( ATA ) – Principal referencia da equipe , o camisa 9 já tem 4 gols em 12 jogos disputados , dois gols desses quatros foram marcados no empate contra o próprio Santa Cruz no Arruda. Além de atuar dentro da área, Dinei é um jogador de mobilidade .
Josa ( VOL) – Velho conhecido do torcedor pernambucano, com passagem recente pelo Náutico, o cabeça de área é um dos líderes do time. Defende bem e tem capacidade para dar progressão a posse de bola do Jacuipense.
Créditos da foto principal: Renan Oliveira/E.C. Jacuipense
A história do Náutico está ligada, em suas entranhas, a Muricy Ramalho. O treinador, que completa 65 anos nesta segunda-feira (30), armou o time que foi campeão Pernambucano em 2001, no ano do centenário. De quebra, impediu o hexa do arquirrival Sport, tirando o Timbu de uma seca de títulos que já durava mais de uma década.
Esta análise especial busca dissecar os trabalhos históricos do ex-comandante alvirrubro, que é um dos técnicos mais importantes deste século no futebol Pernambucano.
ESTREIA EMBLEMÁTICA
A noite quente de uma quarta-feira recifense foi o que marcou a estreia de Muricy pelo Náutico. Logo de cara, confronto duríssimo contra o Sport, na ilha do Retiro, e pressão acima da média. Era tudo, ou nada.
Aquele Náutico já dava indícios de uma das principais marcas de Muricy como técnico: a subida dos volantes para pisar na área avdersária. Algo que foi facilitado pela qualidade de Sangaletti e Wallace, que haviam se mudado recentemente da Ilha para os Aflitos.
Com Sangaletti na progressão de posse, Wallace flutuava entrelinhas, dando a toada do jogo alvirrubro e sendo o dono do meio de campo. Foi de Wallace o passe para o tento que abriu o placar, puxando a marcação e tocando para Thiago Gentil estufar as redes leoninas.
Lance do primeiro gol (Imagem: Rede Globo)
Atuando no 4-4-2, Muricy viu Rodrigo Gral cravar o empate e Gilberto fazer grandes defesas para evitar a virada rubro-negra ainda na etapa inicial, enquanto se descabelava à beira do gramado. Agravando o quadro, Marcelo Fernandes foi expulso.
Dentro da casa do rival, com dez em campo e menos de um mês depois de cair para o próprio Sport na semifinal do Copa do Nordeste, era de se esperar um novo revés.
O primeiro Clássico dos Clássicos de Muricy (Gil Vicente/Acervo/DP/D.A Press)
Eis que um atacante – ainda – desconhecido chamado Kuki sofreu falta no campo de ataque e o sergipano Adílson se deslocou para bater. A cobrança de falta arrebatadora, no ângulo direito de Neneca, foi o momento sublime do jogo e o gol entrou para a história do clássico.
Mas o Timbu ainda brigava contra todas as adversidades e tinha o relógio como inimigo na Ilha. Com garra, suor e sange, o resultado veio para renovar as esperanças e coroar a estreia positiva de Muricy; dias depois, com vitória sobre o Santa Cruz na partida extra, o Timbu levou o primeiro turno.
REMANDO À HISTÓRIA
As próximas páginas da saga do título também foram timbradas em vermelho e branco por Muricy. Àquela altura, o time já era uma realidade e a qualidade do elenco somada à tenacidade do jovem treinador foram cruciais para que o Náutico vencesse a primeira das finais por 2 x 1 contra o Santa.
O ápice da passagem de Muricy pela Rosa e Silva acontece no dia 11 de julho de 2001, diante de mais de 70 mil pessoas no Arruda. Na decisão, optou pelo “feijão com arroz”, num 4-2-2-2 que deu tão certo que desconcertou a cobra coral nos minutos iniciais.
Disposição tática no título do centenário (Feito No Tactical Pad)
A vantagem do empate não bastava e a dupla formada por Kuki e Thiago Gentil estava mesmo enfezada e fez a marcação das três cores ter pesadelos naquela noite.
Kuki e Thiago infernizaram os donos da casa (Imagem: Rede Globo)
Com um gol de casa, o 2 x 0 estava decretado. Veio o apito final e com ele a comoção entre os jogadores, o técnico e a torcida. O jejum de 11 anos estava, enfim, quebrado.
Muricy continua no comando da Série B, mas a equipe não corresponde em meio à crise financeira. Ele, inclusive, teve que arcar algumas despesas do próprio bolso para manter a competividade e acabou se mudando para o Arruda, onde não teve – nem de longe – o mesmo êxito.
Tentou organizar o Tricolor após a saída de Ferdinando Teixeira, que deixou o time em pedaços na Série A do Brasileiro. Em 14 jogos, apena uma vitória e rebaixamento decretado.
DE VOLTA PARA CASA
Talvez já estivesse escrito e Muricy voltou ao Náutico para fazer história de novo. Dominante, estreou de cara com um sonoro 8×2 no Botafogo-PB, pela Copa do Nordeste.
O bicampeonato veio contra o mesmo Santa Cruz, após campanha quase irretocável do Timbu em 2002. O gol do “título” foi marcado por Fumaça, atacante que Muricy colocou na vaga de Ludemar.
Formação do Bi (Feito no Tactical Pad)
Até hoje, Muricy faz questão de expressar o seu carinho pelo Náutico, sendo conselheiro do clube e dos personagens mais importantes da história alvirrubra.
Referências:
Reis do futebol em Pernambuco: goleadores / Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira. Olinda: Livro rápido, 2014.
História dos campeonatos / José Maria Ferreira. CEPE, 2007.
Ao contrário do que foi visto em outros jogos, o Náutico até conseguiu ter uma atuação positiva, porém a arbitragem cometeu erros crassos e o Juventude saiu com a vitória. Com um gol mal anulado e um pênalti não marcado, o Timbu acabou derrotado por 1×0 em um lance infeliz e aumentou a sequência negativa na Série B do Campeonato Brasileiro nos embalos da noite deste sábado (28) no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.
Além de chegar ao oitavo jogo sem vencer, o Timba estaciona na 17ª posição e vê a distância para o Cruzeiro, primeiro fora do Z-4, ficar em sete pontos, já que soma 21 e o adversário tem 28. O próximo obstáculo dos alvirrubros será já na próxima terça-feira (1º), às 19h15, diante do Guarani pela 25ª rodada da Segundona, nos Aflitos.
Alvirrubros foram a campo em um 4-2-3-1 bem ofensivo (Feito no TacticalPad)
COMO FOI
Com uma atuação bastante segura tanto ofensiva, como defensivamente, o Náutico iniciou superior ao Juventude dentro das quatro linhas e balançou as redes antes mesmo do relógio chegar a cinco minutos, porém a arbitragem invalidou. Erick fez boa jogada com Hereda e cruzou na pequena área para Kieza que, em posição legal, furou e Bryan completou, mas o assistente viu o camisa 9 – equivocadamente – adiantado e levantou a bandeira.
Pouco depois, o Timbu mostrou que estava bem postado no ataque e voltou a assustar a meta dos alviverdes. Bryan, lateral-direito de origem e que jogou de ponta esquerda em um 4-2-3-1 notável, recebeu livre na intermediária e soltou o pé para boa defesa de Marcelo Carné. Os alvirrubros não abdicaram de atacar e seguiram com a mesma postura, por vezes performando no 4-1-4-1, com Djavan fixando na cabeça de área e Rhaldney saindo na transição.
Alvirrubros mostraram boa postura ofensiva mesmo com derrota (Imagem: Premiere)
Na etapa final, apesar de ter mantido a escalação inicial e se defender no 4-4-1-1, veio o duro golpe aos pernambucanos. Logo no primeiro minuto com bola rolando, Capixaba fez bom lance individual pela direita e chutou firme de fora da área; a bola desviou em Camutanga e matou Anderson, que a viu morrer no fundo do barbante.
Sem se abalar, o Timba continuou buscando tirar o zero do placar, contudo a falta de sorte voltou a perseguir. Após escanteio cobrado na segunda trave, o zagueiro Ronaldo Alves emendou de primeira um belíssimo chute e parou no poste. Em sequência, Kieza se infiltrou no sistema defensivo do Ju e obrigou o goleiro adversário a espalmar para cortar o perigo.
Timbu se defendeu com duas linhas de 4 para se fechar do Ju (Imagem: Premiere)
Para recuperar o fôlego ofensivo e seguir tentando o empate, Hélio dos Anjos fez duas substituições sem mexer na estrutura do time: saíram Erick e Bryan, entraram Jorge Henrique e Dadá Belmonte, respectivamente. O primeiro bom momento depois das alterações veio em uma bola parada na pequena área, que sobrou para Kieza dominar e mandar uma bicicleta para um milagre de Carné.
Em seguida, a arbitragem voltou a aprontar com os alvirrubros, o que gerou tanta revolta como no primeiro lance da partida. Em disputa na área com o zagueiro Wellington, o goleador do Timbu sofreu carga faltosa e o árbitro não marcou o pênalti. Na reta final, Hélio deu ainda mais ofensividade à equipe e promoveu as entradas de Ruy e Guillermo Paiva na vaga dos volantes Djavan e Rhaldney, respectivamente, entretanto de nada adiantou.
Créditos da foto principal: Arthur Dallegrave/E.C. Juventude
Mesmo reagindo, o Sport amargou mais uma derrota na Série A do Brasileiro. Chegou ao empate, mas dormiu no ponto e cedeu o 4 x 2 para o Santos, neste sábado (28), na Vila Belmiro, pela 23ª rodada. Foi o terceiro revés consecutivo, deixando o Leão ainda mais próximo do Z-4.
Com Jair Ventura ainda em isolamento pela Covid-19, o time foi comandado pelo auxiliar César Lucena e voltou se postar com três zagueiros, com uma postura inicial defensiva, formando um 3-6-1.
Formação inicial dos rubro-negros (Feito no Tactical Pad)
COMO FOI
Antes que se pudesse falar de tática, o Peixe abriu o placar após pênalti marcado em revisão do VAR e convertido por Marinho. O gol frustrou totalmente as pretensões pernambucanas no jogo, já que a proposta era se fechar na defesa e explorar os contra-ataques.
Em desvantagem, o Sport utilizou uma primeira linha de cinco, buscando frear o ímpeto inicial do oponente mas não teve resultados, sendo vazado mais uma vez; Lucas Braga tocou na saída de Luan Polli e fez o segundo.
A adversidade trouxe ao Leão a garra que faltou nos últimos jogos. O time se organizou taticamente na defesa e se impôs lá na frente. Patric fez grande jogada pela direita e Marquinhos descontou.
Depois daí, o crescimento veio naturalmente. O ferrolho dos três zagueiros virou uma espécie de 3-4-3 ofensivo, com os laterais chegando no apoio e um tridente ofensivo.
Rubro-negro no ataque (Imagem: Premiere)
Não por caso, chegou ao gol de empate. O lance começou com um belo lançamento de Chico para Lucas Mugni, que cruzou na área e Barcia deixou tudo igual no placar, em cabeceio no contrapé do goleiro.
A postura de povoar o terço final do campo e surpreender o adversário não foi mantida nos 45 minutos finais. Retraída, a equipe da Praça da Bandeira se postou no 5-4-1, deixando o adversário – outra vez – em sua zona de conforto.
Disposição defensiva na etapa final (Imagem: Premiere)
O pior estava à espreita e veio. Marinho, outra vez, cruzou na área e Bruno Marques fez o terceiro dos santistas. Depois da queda, o coice. Soteldo, em outra penalidade, selou o placar em 4 x 2.
A derrota deixa o time da Ilha em posição delicada, apenas um ponto à frente do Z-4, podendo terminar a rodada entre os quatro últimos caso o Vasco vença o Ceará, segunda (30), em São Januário.
Créditos da foto principal: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
O Náutico tem mais uma chance de tentar mudar a direção de seus lemes na Série B do Campeonato Brasileiro. Precisando respirar na competição e renovar as esperanças da torcida, duela com o Juventude, neste sábado (28) às 21h, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, em partida válida pela 24ª rodada.
Separamos para a torcida alvirrubra tudo sobre o próximo adversário: provável formação tática, números, pontos fortes e fracos, jogadores para ficar de olho e muito mais sobre o Papo.
Papo deve ir a campo com manutenção do 4-1-2-3 diante do Timbu (Feito no TacticalPad)
Para o confronto diante do Timbu, o técnico Pintado não poderá contar com três jogadores. Enquanto o zagueiro Nery Bareiro e o lateral-esquerdo Hélder ficam fora por cumprirem suspensão pelo terceiro amarelo, o meia Neto será ausência no Ju por estar com uma lesão no joelho e ter sido diagnosticado com Covid-19.
COMO ATACA
Dono do ataque mais positivo da Segundona, com 36 gols, o Juventude tenta usar ainda o fator casa na competição como arma. Desses, 20 foram feitos no Alfredo Jaconi, além da equipe possuir a quarta melhor campanha dentro de seus domínios, mostrando certa superioridade frente aos adversários com muita intensidade ao atacar.
As peças ofensivas demonstram também muita movimentação, saindo do 4-1-2-3 de tática-base para um 4-1-4-1, às vezes no 4-3-3, o que enaltece a velocidade dos jogadores da beirada. Os meio-campistas, por sua vez, ficam mais recuados e ajudam na transição, cadenciando as jogadas criadas ou de fato criando-as aos pontas.
Gaúchos são bastante intensos ao atacar, usando os pontas e os meias (Imagem: SporTV/Premiere)
Com isso, o volante acaba fixando mais na cabeça de área e até próximo à dupla de zaga, dando mais liberdade aos laterais. Por conta da ofensividade, em alguns momentos há espaços pelos lados, expondo consequentemente o meio em uma recomposição mais desordenada; João Paulo é o homem da marcação, já Gustavo Bochecha e Renato Cajá avançam mais.
COMO DEFENDE
Defensivamente, o treinador do Jaconero opta por colocar linhas compactas e, assim, facilitar para uma transição ofensiva veloz. Para isso, tenta se fechar ao máximo para impedir progressões e infiltrações dos adversários, fazendo sua equipe se postar com duas linhas de 4 muito próximas e os atacantes se isolando mais à frente.
Mesmo com larga vantagem no placar, alviverdes mantiveram duas linhas de 4 bem compactas na defesa (Imagem: Premiere)
Com isso, Capixaba e Rafael Silva, que jogam pelas pontas do ataque, caem na faixa central junto ao volante e um dos armadores, enquanto o outro fica junto ao centroavante. Os extremos participam da pressão na saída de bola no perde-pressiona, fazendo a recomposição no 4-4-2.
Apesar da sétima melhor defesa da Segundona, os gaúchos sofreram pouco mais de 1/3 dos gols – nove de 24 – dentro de casa. Nos últimos cinco duelos no Alfredo Jaconi, venceu três e foi derrotado nas únicas duas oportunidades ao longo da competição como mandante, com o sistema defensivo vazado por cinco vezes.
PRA FICAR DE OLHO
Renato Cajá (MEI) – Geralmente o camisa 10, Cajá é o nome mais experiente dos jogadores de linha dentre os prováveis do Ju. Nessa Segundona, vem se mostrando a referência técnica, pois participou de 25% dos gols marcados pelo time, marcando seis e dando assistência para outros três, ficando atrás apenas de Breno Lopes, negociado com o Palmeiras.
Rafael Silva (PE) – Atacante que cai pelo lado esquerdo, Rafael não faz perfil de goleador, porém tem ajudado seus companheiros. Muito veloz, é agudo no ataque e já contribuiu com cinco passes para alguém marcar, sendo o líder da equipe alviverde neste quesito e o segundo em toda a competição; o primeiro é Élvis, do Cuiabá, com seis.
Rafael Grampola (ATA) – Centroavante usado nos últimos três jogos no lugar de Breno Lopes, Grampola já marcou um gol, mesmo tendo somente duas semanas de casa nova. O jogador é a esperança de balançar as redes do Jaconero, já que veio de uma passagem apagada nos Emirados Árabes Unidos.
Créditos da foto principal: Arthur Dallegrave/E.C. Juventude