Santa Cruz no Campeonato Pernambucano: como joga taticamente o Central

Por: Felipe Holanda

Uma Patativa dilacerada no caminho do Santa Cruz. Vindo de goleada massacrante na estreia, o Central recebe a Cobra Coral na lanterna e com o sinal de alerta mais do que ligado. Duelo acontece nesta quarta-feira (3) às 16h, no Estádio José Luiz Lacerda, o Lacerdão, em Caruaru, pela segunda rodada do Campeonato Pernambucano.

Os centralinos vão a campo com a missão de sair da lanterna do Estadual e deixar o time em melhor colocação para a chegada do novo treinador. Separamos para a torcida coral tudo sobre o próximo adversário: prováveis formações táticas, informações exclusivas de um setorista, números, jogadores para ficar de olho, e muito mais do alvinegro.

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O confronto com o Tricolor do Arruda será o último sob o a batuta de Catende, já que Pedro Manta foi anunciado para comanda a equipe na temporada. Com o elenco em formação, a Patativa deve repetir o esquema utilizado no revés vexatório contra o Náutico, nos Aflitos, quando perdeu por 5×0, mas com Mateus Issa na vaga de Alex Moreira – deslocando Gleidson Sena à zaga – e Jean Moser estreando no lugar de Palacios.

Caruaruenses devem ter apenas duas mudanças contra Santa Cruz (Feito no TacticalPad)

COMO ATACA

Postado com dois meio-campistas armadores e outros dois na marcação, o time caruaruense vai tentar apostar no feijão com arroz para atacar. Sem se espaçar tanto, o Central deve formar um clássico 4-2-2-2, cabendo assim a David e Júnior Lemos para fazer a criação, enquanto que Madson e Djair são as peças da transição.

Bem como foi na goleada sofrida diante do Timbu, dificilmente Catende fará a equipe propor jogo ofensivo. A tendência é apostar na velocidade do meio-campista Júnior Lemos e do atacante Dodô nos contra-ataques, já que não há poder criativo para trabalhar as jogadas; os alvinegros podem ainda se postar no 4-2-3-1, com David aberto na direita, Dodô na esquerda e Júnior no meio.

“Com duas mudanças, a postura não deve mudar tanto para a partida. Sabendo da limitação da equipe, Catende deverá apostar mais nos contra-ataques”

Fagner Andrade, repórter da Rádio Cultura do Nordeste
Patativa pode alternar entre o 4-2-2-2 e o 4-2-3-1 no campo ofensivo (Imagem: Premiere)

COMO DEFENDE

Na defesa, os centralinos se posicionam em blocos médio-baixos, com um 4-4-2 e variando para um 4-1-4-1. Quando performam com as duas linhas de 4, sem ninguém entrelinhas, Júnior Lemos fica encarregado de recuar e tentar segurar mais a intermediária adversária, já os volantes tentam evitar passes e chutes de média-distância.

Como foi visto na estreia, o time se expõe muito defensivamente, ainda que tentem fechar todos os espaços. Descompactado, porém, permite que os atacantes infiltrem tanto pelos lados, como pelo meio, principalmente com jogadores velozes e/ou de boa movimentação, o que pode ser um trunfo ao Santa Cruz se fizer transições rápidas.

“Catende deverá adotar uma postura defensiva contra a Cobra Coral, já que no primeiro jogo a equipe se mostrou muito frágil. Gleidson Sena deve ocupar sua posição de origem, enquanto Mateus Issa ganha chance na lateral”

Fagner Andrade, repórter da Rádio Cultura do Nordeste
Centralinos devem manter o esquema com duas linhas de 4 na defesa (Imagem: Premiere)

PARA FICAR DE OLHO

Júnior Lemos (MEI) – Principal nome dentre os prováveis titulares, estava no elenco vice-campeão de 2018 e é a referência técnica do time. Responsável pela criação das jogadas, tem como arma também finalizações de média-distância, buscando ser o “cérebro” da equipe enquanto os demais reforços não são oficializados.

Jean Moser (ATA) – Centroavante de origem, Jean aparece como uma das esperanças do alvinegro caruaruense nas bolas alçadas na área adversária, mesmo o atacante tendo realizado apenas dois treinos. Contratado para ser o homem-gol da Patativa, fará a estreia e pode ser uma alternativa no setor ofensivo.

Créditos da foto principal: Carlos Recúpero/Central

Análise dos adversários pernambucanos na Copa do Brasil

Por: Felipe Holanda e Mateus Schuler

Os times pernambucanos já sabem dos primeiros cascalhos que terão pela frente na Copa do Brasil de 2021 após sorteio realizado nesta terça-feira (2), na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Sport, Salgueiro, Retrô e Santa Cruz vão ao torneio para galgar posições importantes no cenário nacional e rumar ao soberbo estendal.

Nesta análise, o Pernambutático disseca taticamente os adversários, destacando principais formações táticas, números, jogadores para ficar de olho e muito mais sobre cada um dos oponentes do Leão, do Carcará, da Fênix e da Cobra Coral.

UM CANCÃO DE FOGO NO CAMINHO RUBRO-NEGRO

Adversária do Sport na primeira fase do certame, a Juazeirense é um dos times que tem um esquema tático definido. Comandada por Givanildo Sales, explora um 4-2-3-1 com a posse de bola e geralmente se fecha no 5-4-1 sem ela. Foi assim que atuou nos últimos jogos pelo Estadual neste início de temporada.

Posicionamento defensivo do Canconero (Imagem: TVE)

O Cancão de Fogo tem a característica de utilizar bastante os laterais no ataque na busca de surpreender o adversário entrelinhas. Enquanto um lateral sobe, o outro se mantém fixo lá atrás, com uma trinca de atacantes à espera do passe ou cruzamento.

Possível formação diante do rubro-negro da Ilha (Feito no Tactical Pad)

No torneio nacional, a equipe baiana tem apenas duas participações. Sua melhor campanha foi em 2016, quando caiu na 2ª fase para o Botafogo, igualada com 2019, ano em que foi eliminado pelo Vasco.

DESTAQUES:

Goleiro Rodrigo Calaça, que passou pelo Sport em 2011;
Lateral-esquerdo Daniel Nazaré, destaque pelo Salgueiro na última temporada e que entrou para nossa seleção do Brasileiro;
Meia Clébson, rodado no futebol pernambucano e que se consagrou por ter conquistado o acesso à Série B em 2010 pelo Carcará

PESO PESADO PARA OS SERTANEJOS

O Salgueiro, atual campeão Pernambucano, é quem tem o adversário mais complicado nesta primeira fase: o Corinthians. Após o 12º lugar na Série A, o alvinegro vem atuando com um time de transição, com alguns jovens da base, mas outros bem experientes que não foram muito utilizados na última temporada.

No empate sem gols com o Bragantino, comandada por Vágner Mancini, a equipe mostrou ter preferências por uma marcação zonal em bloco médio, geralmente formando um 4-2-3-1 buscando compactação; outra opção é o 4-1-4-1, com um dos cabeças de área à frente da primeira linha.

Escalação diante do Massa Bruta (Feito no Tactical Pad)

O mesmo 4-2-3-1 é visto no ataque, quando os volantes participam efetivamente da troca de passes, enquanto os meias dão amplitude pelas bordas. Como o jogo ainda não tem data definida, é possível que o Timão enfrente o Carcará com força máxima, já que a Copa do Brasil é considerada mais rentável que o Estadual.

Investia corintiana frente o Braga (Imagem: GE)

Com 25 participações e tricampeão do torneio (1995, 2002 e 2009), o time do Parque São Jorge sempre entra como um dos principais favoritos a chegar no pelotão de cima. Em 2020, foi eliminado pelo América-MG nas oitavas de final.

DESTAQUES:

Cássio, goleiro. Apesar de não viver boa fase, é um dos ídolos da história recente do Corinthians;
Volante Ramiro, que ainda não encontrou seu melhor futebol na capital paulista após brilhar no Grêmio;
Léo Natel, meia-atacante que tem um bom chute de média e longa distância.

O CHOQUE ENTRE A FÊNIX E O MARRECO

O Brusque é uma equipe que propõe muito o jogo principalmente jogando pelo lado do campo explorando os corredores. É um time que tem boa saída de bola, com uma transição muito rápida, e que gosta de jogar com dois pontas velozes nas costas da zaga.

Em 2020, o time jogava no esquema 4-3-3 com um homem centralizado, o artilheiro Edu. Após contusão do jogador, na estreia da Série C, o técnico Jersinho tentou, mas não conseguiu achar um jogador com as características do atacante, que, além de finalizador nato, tinha como característica fazer muito bem a parede para atrair a marcação e abrir espaços para Thiago Alagoano, o principal destaque técnico do Marreco.

Possível formação inicial do Marreco contra o Retrô (Feito no Tactical Pad)

Este ano, Jersinho tem montado a equipe no esquema 4-4-2, com Thiago Alagoano e Bruno Mota mais adiantados. Dependendo da situação do jogo, Alagoano recua para a criação, atraindo a marcação para o avanço dos pontas Bruno Alves e Marco Antonio, fazendo o esquema variar novamente para o 4-3-3, neste caso com Mota centralizado.

4-4-2 bagunçado do Marreco no Estadual(Imagem: Catarinense TV)

Os catarinenses somam seis participações no certame, com a melhor campanha justamente na temporada passada, em 2020, quando chegou à 4ª fase, eliminando Sport, Remo e Brasil-RS, mas caindo para o Ceará.

DESTAQUES:

Lateral-direito Toty, que passou pelo Santa bem demais em 2020;
Meia Marco Antônio, um dos destaques no acesso à Série B;
Atacante Thiago Alagoano, vice-artilheiro e o principal nome do time.

NEGRO-ANIL INDEFINIDO

Campeão amapaense de 2020, o Ypiranga está longe dos gramados desde outubro, quando entrou em campo pela final. Para a oitava participação na Copa do Brasil, o time vive um momento conturbado nos bastidores, pois a diretoria foi afastada no início de fevereiro por suposta ilegalidade nas eleições de janeiro; com isso, Ricardo Oliveira voltou a assumir o cargo.

Mesmo cheio de indefinições, o técnico Vitor Jaime está mantido no cargo do Clube da Torre, já que a conquista do Estadual e o entrosamento podem ser um trunfo para 2021. Sem elenco confirmado, porém, clube busca ressurgir após fracasso na Série D por falta de recursos.

Créditos da foto principal: Avocado Midia/Copa do Brasil

Emoções mistas: análise Sport 1×1 Sampaio Corrêa

Por: Mateus Schuler

Um ponto “negativo” para o Sport. Na estreia da Copa do Nordeste, o Leão foi a campo um time misto na noite deste domingo (28), na Ilha do Retiro, porém pouco criativo. Até saiu na frente do placar, mas amargou o empate em 1×1 com o Sampaio Corrêa em partida válida pela 1ª rodada do Nordestão.

Com o resultado, o Leão fica na 3ª posição do Grupo B junto ao CSA, porém Fortaleza e ABC ainda podem ultrapassá-lo. O próximo duelo no Nordestão é no sábado (6), diante do CRB, às 16h no Rei Pelé; antes, entretanto, receberá o Salgueiro na quarta-feira (3), às 18h, novamente dentro de seus domínios na 2ª rodada do Campeonato Pernambucano.

Ainda sem poder contar com todo o time principal, Jair Ventura decidiu por ir a campo com uma mescla, formada por jovens da base e peças que foram acionados durante boa parte da última temporada. Diferente do que ocorreu no Brasileirão, quando chegou a figurar no 5-4-1, os leoninos se postaram em um 4-2-3-1.

Com time misto, Jair Ventura decidiu por nova configuração tática (Feito no TacticalPad)

COMO FOI

Com sistema tático diferente até da estreia no Campeonato Pernambucano, o Sport mostrou uma postura menos exposta defensivamente, mas sentiu a falta de entrosamento ao tentar criar no ataque. Essa ausência de ritmo das peças juntas gerou brechas também na defesa, mesmo que tivessem dois volantes marcadores e três laterais em campo.

Performando um 4-1-4-1 ao defender, o Leão povoou o meio, com o volante Márcio Araújo ocupou as entrelinhas e Mikael na referência. Assim, Ronaldo e Ítalo tiveram liberdade para sair pelo meio, já Ewerthon e Luciano Juba eram os responsáveis pela criação pelos lados; apesar disso, a equipe não teve a qualidade esperada.

Leoninos se defenderam alternando entre 4-1-4-1 e 4-5-1 (Imagem: Nordeste FC)

Para a etapa final, Jair Ventura tentou mudar a dinâmica ofensiva para criar melhor, sacando Ítalo para a entrada de Gustavo. A entrada do meia deixou o time com mais poder criativo, algo que não foi apresentado durante toda a etapa inicial. A intensidade teve a recompensa antes mesmo dos 15 minutos, quando Ewerthon cobrou falta na área e Paulo Sérgio mandou para a própria meta.

Os rubro-negros permaneceram no campo de ataque e tiveram chances de ampliar a vantagem. A primeira veio com Júnior Tavares, de falta, mas a bola saiu sobre a barra adversária. Logo em seguida, após saída errada do Paio, a sobra ficou com Gustavo, que bateu forte e Mota espalmou. Quando parecia que tudo encaminharia para a vitória, Dione lançou na pequena área e Chico fez contra.

Sentindo a necessidade de estrear triunfando, o Leão voltou a aparecer mais no setor ofensivo, ainda que os maranhenses tivessem falso domínio do jogo. Já nos acréscimos, a equipe pernambucana poderia ter saído com os três pontos quando Mateusinho foi lançado por Gustavo pela direita e arrematou cruzado, contudo Mota espalmou e evitou.

Rubro-negros até ficaram mais intensos ofensivamente na etapa final (Imagem: Nordeste FC)

Créditos da foto principal: Anderson Stevens/Sport

Reação tardia: análise Salgueiro 2×3 Bahia

Por: Guilherme Batista

Tarde demais para o Salgueiro. “A Bahia tem um jeito que nenhuma terra tem”*, como diria Dorival Caymmi. Fazendo sua estreia pela Copa do Nordeste 2021, o Carcará não reagiu a tempo e foi derrotado pelo time de transição do Esquadrão de Aço neste domingo (28), no Cornélio de Barros, por 3 x 2.

As duas equipes vieram com alguns desfalques. Do lado pernambucano, Ranieri deu lugar a Elenilson na zaga, mantendo o 4-3-3 tradicional que se transforma num 4-1-4-1 na hora de se defender. Já do lado baiano, Cláudio Prates perdeu o volante Raniele e o meia Caio Mello, optando por mudar o esquema para um 5-3-2, que na prática virou um 5-4-1.

Formação inicial dos sertanejos (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Apesar da mudança de formação, o Bahia não encontrou dificuldades para se adaptar e fez um primeiro tempo extremamente tranquilo e exemplar. Sem sofrer ameaças, o Esquadrão foi tomando conta da partida aos poucos e abriu o placar com Ronaldo, que aproveitou uma bola longa vinda da defesa, dominou, desvencilhou da marcação e finalizou de fora da área, sem dar chances a Lucas.

Se já estava difícil para o Carcará antes, em desvantagem ficou pior. Se fechando num 5-4-1 em linhas médias, os baianos povoaram muito bem o meio e forçaram o Salgueiro a apostar em bolas longas para quebrar as linhas do tricolor.

Equipe sertanejo formando um 4-1-4-1 (Imagem: Nordeste FC)

Mas a primeira finalização da equipe sertaneja veio apenas aos 40 minutos da primeira etapa, quando Alison mandou para fora. Por outro lado, o time visitante encontrava muitos espaços pelo lado direito da defensiva pernambucana, principalmente nas bolas em profundidade buscando Ronaldo.

Para o segundo tempo, tentando mudar a atitude do time e incomodar mais o Bahia, Daniel Neri tirou Emanuel e colocou Cássio Ortega. A mudança surtiu efeito e o Salgueiro tomou a iniciativa do jogo nos primeiros minutos da segunda etapa porém, em novo cochilo da defesa, Daniel Penha foi derrubado dentro da área. Na cobrança do pênalti, Bruno Camilo bateu no meio e ampliou para o Esquadrão.

Precisando buscar o empate, Daniel Neri colocou Thomas Anderson e Felipe Baiano nos lugares de Napão e Alison, respectivamente. Assim, o Carcará se lançou ao ataque, mas deixou sua dupla de zaga exposta para os contra-ataques baianos. E foi assim que, novamente, o Esquadrão de Aço chegou ao terceiro gol. Marcelo, que entrou no lugar de Ronaldo, foi acionado e disparou em velocidade para bater na saída de Lucas.

Jogo resolvido? Que nada. Os salgueirenses renasceram das cinzas nos minutos finais da partida. Primeiro com Leozão, que aproveitou o bate-rebate dentro da área para diminuir. Em seguida, aos 43, Bruno Sena foi derrubado dentro da área e Thomas Anderson fez o segundo gol, mas já era tarde demais. Mesmo com cinco minutos de acréscimos, o time pernambucano não conseguiu empatar e foi derrotado no jogo de estreia.

Trinca ofensiva salgueirense (Imagem: Nordeste FC)

“A Bahia tem um jeito que nenhuma terra tem”* é uma referência à música “Você Já Foi a Bahia?”, de Dorival Caymmi.

Créditos da foto principal: Rafael Machaddo/EC Bahia

O primeiro voo da fênix: análise Retrô 3 x 2 Sete de Setembro

Por: Anderson D’wirvelle

Ases ao alto. O Retrô estreou com vitória no Campeonato Pernambucano de 2021 ao bater o Sete Setembro por 3 x 2 neste domingo (28), na Arena de Pernambuco, em jogo movimentado. Superior durante a maior parte do duelo, a Fênix mostrou que está com as garras afiadas para a disputa do Estadual.

Uma das sensações na última edição, o time de Camaragibe agora mede forças com o Afogados no Vianão, em jogo duro na próxima quarta-feira (3), às 20h Já os garanhuenses recebem o Náutico, no domingo (7), às 16h no Gigante do Agreste, buscando se distanciar das últimas posições na tabela.

Os retroenses foram a campo com força máxima, sem desfalques, postados no 4-3-3, que por vezes foi um 4-1-4-1. Os alviverdes, por outro lado, entraram no 4-2-3-1, fugindo um pouco do que haviam usado nos jogos de preparação.

Formação inicial da Fênix e do Lobo Guará (Feito no Tactical Pad)

COMO FOI

Estreando na temporada mais importante de sua curta história, o Retrô começou fazendo sua partida parecer fácil. Jogando num 4-3-3 que variou bastante para um 4-1-2-3, se impôs, marcou alto e não deu espaço para o Sete de Setembro atacar.

Suas principais jogadas foram articuladas pelos lados, com Janderson e Anderson Paraíba. Assim foi o primeiro gol. Anderson entrou às costas dos volantes, recebeu a bola no espaço e deu um passe açucarado para Janderson, que bateu de primeira, deslocando o goleiro Alan Tobias.

O segundo gol não demorou a sair. Mais uma jogada pelo lado, com Guilherme infiltrando no espaço deixado no lado direito da defesa do Sete, driblou o lateral Luiz Felipe e só foi parado com pênalti. Na cobrança, o capitão Neílson ampliou o placar; alternando sua defesa entre o 4-1-4-1 e o 4-4-2, continuou deixando a o Lobo Guará com muitas dificuldades para entrar à sua área.

Fênix postada no 4-4-2 (Imagem: MyCujoo)

No início do segundo tempo, mais um gol. Dessa vez, com o ex-jogador do Santa Cruz Mayco Félix, que se aproveitou de um bate-rebate na área e mostrou oportunismo para só empurrar ao fundo das redes.

Apesar de mostrar muita tranquilidade ao continuar valorizando a posse da bola, o Retrô passou a ceder contra ataques importantes e foi assim que o alviverde descontou. Grafite fez boa jogada e só passou para Nêgo de Brejão, que puxou para a perna esquerda e acertou o ângulo do goleiro Jean.

Time da casa valoriza a posse (Imagem: MyCujoo)

A partida seguiu com uma queda de rendimento da Fênix, aparentemente pela parte física. O déficit possibilitou ao Sete encostar no placar. Em mais uma boa estocada de Grafite pela esquerda, o ponta rolou a bola para área e ela chegou até Rodrigo, que se enrolou com a bola, mas girou e chutou de esquerda, pondo fogo no jogo. O empate quase veio no fim, mas o arqueiro dos mandantes salvou.

Créditos da foto principal: Paulinho Gentil/Retrô FC